quinta-feira, março 15, 2007

A minha recusa

Hoje, a recusa. A recusa à reflexão. Cansa-me o arder da mente, esta angústia de não mais poder estar consciente. Porque não se sente apenas, bem ou mal, sem precisar da percepção disso mesmo? Esgota-se-me o poder de suportar o racionalismo. Pior porque envolto num ambíguo misticismo que confere ao sentimento uma dualidade insuportável. Se emoção e razão se opõem, em mim estão como irmãs. Busca estúpida esta, a de racionalizar o sentimento...! Merda! Complica-se esta deturpação do que é isto ou aquilo, mais ainda quando, ao escrever, se reflecte, batendo-nos na testa com força, a continuação da absurda demanda da explicação do que se sente. Confuso? Muito. Tanto que não identifico o parágrafo. Pode ser agora.

Será isto coisa de loucos? Espero que não. De artista? Está melhor. De gente simplesmente (ou complicadamente) instável? Parece-me cada vez mais que sim.
São estas as palavras de recusa daquele que não se encontra, que não escreve a direito nas linhas do tempo, que crescentemente reconhece no ser social o medo, que se descobre no descobrir dos outros. Missão: chega de missões. Pára de racionalizar!