sábado, dezembro 23, 2006

A Bela da Lamechice


Sei que não és de lamechices (muito menos no dia de hoje) mas eu sou. Portanto, vais ter de te aguentar ao que se segue.
Já lá vão uns anitos desde que uma menina, qual princesinha no seu castelo (que, pela descrição, só posso ser eu, claro) aprisionada na redoma da mãe protectora, contemplava, cá em baixo uma temível e traquina criança, que , a bem dizer, selvagem e em liberdade, mais parecia uma pequena corça segura do seu lugar.
Esta, cada vez com maior frequência, apercebia-se da princesita que, a medo, espreitava por detrás dos seus cortinados, e sonhava poder descer e correr ao lado da livre corça. Mas a criança livre, na plenitude da sua vontade, satisfazendo o que mais lhe apetecia, desdenhava a princesita (talvez por achar que, por estar lá no alto, se sentia superior... manias...).
Um dia, o destino une-as e encontram-se na sala de aula. Sala de cheiro característico que até hoje não podem esquecer. E estou certa que, nesse cheiro, se difundia o aroma da bondade da professora que tanto ensinou e, por isso, a admiram até hoje( né?).
Daí em diante, tropeçando em esporádicas desavenças cujas razões ainda hoje lhes escapam (pois a corça primava...ou melhor, prima, por um mau feitio assumidamente levado da breca!), foram inconscientemente estreitando cada vez mais os laços que as uniam, nunca mais se libertando uma da outra.
Hoje sei que é mais que um casamento, sem dúvida. Connosco é, estou certa «até que a morte nos separe»... e mesmo assim... ;)
E nos "tlintlins" da memória secreta, esboço um sorriso. Mesmo relembrando o teu lado mais rufia, é alegre o momento em que em ti penso, porque te amo incondicionalmente e tenho certeza do que significamos uma para a outra.
Ah! E já agora, PARABÉNS maninha!(vá, goza lá agora, pois, pois, já chegaste aos trinta também..eheheh..calha a todos, ah pois é!)

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